Portugal entre os que cobra mais propinas e menos bolsas dá

A democratização do ensino é ponto central nas sociedades desenvolvidas. Porém, Portugal está entre o grupo de cinco países da UE em que se cobram propinas a todos os estudantes do ensino superior, noticia o Diário de Notícias. Além deste facto, explica a mesma publicação, menos de metade dos alunos inscritos tem acesso a bolsas de estudo.

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Notícias Ao Minuto
19/10/2014 08:06 ‧ 19/10/2014 por Notícias Ao Minuto

País

Educação

Portugal está no grupo restrito de países, a nível europeu, que cobra propinas a todos os estudantes do ensino superior, sem exceção. Como se não bastasse, estamos também entre aqueles que menos bolsas ‘oferecem’ aos estudantes, noticia o Diário de Notícias este domingo.

De acordo com esta publicação, menos de metade dos alunos inscritos no ensino superior têm acesso a uma bolsa de estudo, razão pela qual muitos representantes dos estudantes se queixam de uma violação da Constituição. É que apenas no Reino Unido, Holanda, República Checa e Eslováquia, além de Portugal, os estudantes, de forma igual, são obrigados ao pagamento de propinas.

“O princípio constitucional é o da gratuitidade do ensino. A lei da propina veio definir essa receita como um contributo dos estudantes e das suas famílias para a melhoria da qualidade do ensino. Mas hoje a propina é uma receita própria das universidades, usada por estas para pagar salários e despesas correntes”, explica André Machado, presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa.

Mas os estudantes contestam ainda o facto da desadequação do atual modelo de atribuição de bolsa de estudo. É que segundo os dados da Comissão Europeia, apresentados na passada sexta-feira, que explicam a notícia, apenas 18% dos alunos inscritos no ensino superior – licenciaturas e mestrados integrados – foram abrangidos pelas bolsas da Ação Social Escolar.

“Está-se a contribuir para que, em conjunto  com a atual situação económica, muitos alunos desistam ou nem alimentem o sonho de chegar ao ensino superior”, explica Machado, acrescentando ainda que a falta de estatísticas sobre o abandono escolar no ensino superior permite uma defesa injusta aos sucessivos Executivos. “É nisso que o Governo se escuda, mas nós, que estamos no terreno, muitas vezes chegamos ao fim de um semestre e vemos os corredores vazios.”

A título exemplificativo, no último ano letivo, só 53 mil estudantes receberam apoio estatal para estudar, um valor inferior em cinco ao verificado em 2011/12. 

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