O ex-tesoureiro da Junta de Freguesia da Parede, João Magno, o ex-autarca, a filha deste e outros cinco funcionários da autarquia foram acusados pelo Ministério Público de desviarem dinheiros públicos, para fins pessoas, no valor de 410 mil euros.
A responsabilidade é atribuída essencialmente ao, na altura tesoureiro, um eleito do CDS, que saiu do cargo em 2010 e que retirou aos cofres da freguesia 382 mil euros.
O Ministério garante que o ato foi com pleno conhecimento e com o acordo do então presidente da junta, Carlos de Almeida que, entretanto, acabou por falecer.
A filha do ex-presidente é também acusada de estar envolvida e de ter beneficiado de empréstimos ilegais da autarquia, em cerca de 30 mil euros, que não devolveu. E terá também ajudado o tesoureiro a falsificar as contas da autarquia, colocando uma despesa de 56 mil euros quando a fatura era de apenas seis mil.
O antigo tesoureiro é acusado de sete crimes de peculato e três de falsificação de documentos agravada. A filha do ex-presidente é acusada do crime de peculato e falsificação e os restantes arguidos são acusados do crime de peculato cada um.
Considerando um orçamento anual de 760 mil euros, em três anos as receitas e despesas rondaram os 2,3 milhões de euros. Durante esses mesmos anos, desapareceram 410 mil euros. Ou seja, desviaram anualmente quase 20% da receita total da autarquia.