Os radares fixos de Lisboa, instalados em 2007 nas principais artérias da cidade, não funcionam, pelo menos a maioria. Dos 21 radares, 19 estão desativados, ou seja, é um controlo que não existe, escreve o Expresso.
Seja por estarem destruídos ou por atos de vandalismo, a verdade é que a larga maioria dos radares não está em funcionamento e, segundo a mesma publicação, aqueles que parecem estar operacionais e que até disparam o flash estão também desligados.
Dos 21 cinemómetros que existem, em 2014 apenas dois foram submetidos a verificação meteorológica, indicou o Instituto Português da Qualidade (IPQ) ao Expresso.
A “verificação periódica é válida até ao dia 31 de dezembro do ano seguinte ao da sua realização”, indica a entidade. Mas desde 2013 que nenhum dos radares foi submetido a verificação, ou seja, só dois equipamentos é que conseguem captar imagens que permitem sancionar condutores em excesso de velocidade.
O instituto revela ainda que a “utilização de prova fotográfica obtida com um cinemómetro-radar fora da validade da respetiva verificação metrológica não é válida, porque a qualidade do equipamento respeita também à produção de provas fotográficas”.
A inoperacionalidade destes equipamentos instalados para reduzir a sinistralidade associada ao excesso de velocidade tem sido vindo a agravar e desde 2009 que se denuncia esta situação.