Trabalhadores da Unicer contra "despedimento ilegal"

Um grupo de trabalhadores da área de produção da cervejeira Unicer manifestou-se hoje junto à empresa, em Leça do Balio, Matosinhos, em protesto contra o "despedimento ilegal" de um trabalhador, reivindicando a sua reintegração, disse fonte sindical.

Notícia

© Global Imagens

Lusa
03/11/2014 10:25 ‧ 03/11/2014 por Lusa

País

Matosinhos

Em declarações à agência Lusa, Armindo Monteiro, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Industrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal, afirmou que "o despedimento é ilegal, porque a empresa alegou extinção do posto de trabalho e, entretanto, contratou uma empresa de prestação de serviços para realizar as funções desempenhadas pelo trabalhador despedido".

"Exigimos que o trabalhador seja reintegrado, mas este protesto que contou com a adesão de 100 por cento dos trabalhadores da produção que se encontram de serviço, é também uma forma de luta contra o trabalho precário na Unicer", acrescentou.

Armindo Monteiro disse ainda que a manifestação visa também protestar contra "o incumprimento pela empresa do acordo negociado no início do ano e contra a redução das regalias sociais, nomeadamente no que se refere à assistência médica".

O dirigente sindical referiu que está já marcado, para quarta-feira, um plenário de trabalhadores para discutir a situação e avaliar outras formas de protesto.

O funcionário despedido estava na empresa há 15 anos e desempenhava o cargo de chefe de armazém de materiais e matérias-primas.

Em comunicado enviado hoje à Lusa, a Unicer reafirmou a posição anteriormente expressa de que, relativamente ao caso do trabalhador cujo posto de trabalho foi extinto, se trata de "um caso individualizado, que só sai da Unicer porque rejeitou todas as propostas que lhe foram apresentadas pela empresa ao longo de vários meses".

"A empresa tem vindo a reduzir o recurso à flexibilização laboral, agora que se aproxima a conclusão do projeto de investimento em Leça do Balio. O recurso a esta ferramenta permitiu reconhecer qualificações e competências, estando a Unicer, à data de hoje, por razões e necessidades operacionais, a integrar nos seus quadros três trabalhadores que se distinguiram no período em que passaram pela empresa", refere.

A empresa sublinha que "ao contrário do que está a ser veiculado pelo representante da Comissão Intersindical, a Unicer não só não reduziu como até aumentou em 2014 as regalias sociais dos seus trabalhadores".

"No que respeita ao acordo com os Sindicatos, o mesmo foi alcançado em 2014. Na atual conjuntura, em que poucas são as empresas a fazê-lo, a Unicer assegurou um aumento para dois anos", acrescenta.

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas