Governo muda regras de acesso ao Superior

O secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, revelou ao Diário Económico que o Governo vai alterar as formas de acesso ao Ensino Superior já no próximo ano. De acordo com o governante, é importante que exista “alguma diferenciação dos critérios de acesso” a universidades e politécnicos e tal poderá passar por colocar a média de entrada mais baixa nos institutos.

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Notícias Ao Minuto
11/11/2014 10:20 ‧ 11/11/2014 por Notícias Ao Minuto

País

2015

O Governo vai alterar as regras de acesso ao Ensino Superior já no próximo ano. A revelação foi avançada pelo secretário de Estado José Ferreira Gomes que, ao Diário Económico, dá ainda conta de outras medidas “mais relevantes”, mas que serão apenas impostas daqui a três anos, para que os alunos que entram em 2015 no Ensino Secundário se possam preparar.

Segundo a publicação, as propostas serão discutidas nos próximos dias com os politécnicos mas passam, essencialmente, por uma “diferenciação dos critérios de acesso” entre universidades e institutos.

Embora ainda não exista alguma decisão, são várias as ideias do Governo que estarão na mesa. Entre elas, destaca a publicação, está a possibilidade das notas de acesso serem diferentes entre universidades e politécnicos, sendo que nestes últimos seriam mais baixas. “Podíamos exigir, por exemplo, 14 a Matemática e Física a quem quisesse entrar em alguns cursos universitários. E podíamos exigir só 10 a quem quisesse entrar em politécnicos”, explicou o governante.

Em 2015 poderá ainda ser possível alterar os exames específicos que servem como provas de acesso. José Ferreira Gomes pretende que seja permitida a “entrada com Matemática B para cursos que entendamos que a Matemática é relevante, mas que não é tão importante” para que seja exigida a prova de Matemática A, uma das mais difíceis para os alunos do Secundário.

Além disso, no próximo ano poderá ser também implementada uma medida apresentada em abril pelos politécnicos e que pretende que cada instituição tenha a liberdade de decidir o peso do exame nacional na nota de candidatura do aluno, para que o estudante possa concorrer à mesma licenciatura com notas diferentes e consoante a instituição.

Ao Diário Económico, José Ferreira Gomes frisou ainda que as universidades e institutos politécnicos “são dois sistemas diferentes e têm objetivos diferentes. Há que fazer a diferenciação que nem sempre é visível pela sociedade”.

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