A informação foi hoje prestada à agência Lusa pelo gabinete de comunicação da autarquia, o qual adiantou que a nova feira terá lugar na Avenida os Aliados.
A Artesanatus, por seu lado, realiza-se desde 2008 na Praça D. João I, na quadra natalícia.
O gabinete explicou que presidente da Câmara, Rui Moreira, quer "que o Natal e, sobretudo, a passagem de ano sejam também um referencial do ponto de vista da atração turística" da cidade, como o São João, razão por que este ano decidiu seguir o exemplo europeu.
A autarquia pretende, ainda, "estender para a zona oriental" o centro dos festejos natalícios. Foi também por isso, de acordo com o gabinete, que a empresa municipal Porto Lazer decidiu deslocalizar a Artesanatus da Praça D. João I para as praças dos Poveiros ou da Batalha.
A Porto Lazer explicou que, este ano, a Praça D. João I seria para uma pista de gelo. Para a Associação de Artesãos da Região Norte (AARN), que organiza a Artesanatus, a decisão foi uma surpresa.
A Associação queixou-se na Assembleia Municipal, tendo estado presente nas duas últimas sessões, argumentou que os locais alternativos propostos pela empresa municipal não têm condições e defendeu que o presidente da Câmara, Rui Moreira, devia intervir neste dossiê.
O presidente da AARN, Leandro Coutinho, encontrou-se segunda-feira à noite com Rui Moreira, na Assembleia Municipal, procurando sensibilizá-lo para o problema. De acordo com o gabinete de comunicação da autarquia, existe abertura para o diálogo com a AARN.
"Pode haver muitas soluções", disse a mesma fonte, considerando que o protesto dos artesãos foi "extemporâneo" e reafirmando que "este dossiê não está encerrado".
O coordenador da AARN, Hélder Coutinho, exclui a realização da Artesanatus nos Poveiros. "A Batalha é claramente melhor" porque tem um "fluxo pedonal" superior, argumentou.
Poveiros e Batalha equivalem-se na "área útil" oferecendo cerca de "200 metros quadrados e permitindo instalar "12 stands, no máximo 14". Nada, porém, que se compara à Praça D. João I, onde a Artesanatus, que ocupava 700 metros quadros e 40 stands.
"A 17 dias da suposta inauguração" da Artesanatus" e sem local definido para a sua realização, a AARN frisa que "a situação tem que ser resolvida de alguma forma".
"Tem que ser uma solução viável e minimamente digna", afirmou Hélder Coutinho, considerando "positivo" a disponibilidade que a Câmara manifestou para o diálogo.