Ao nono dia de buscas ainda não há qualquer sinal de João Marinho, perdido nos Picos da Europa, Astúrias. O alpinista de Amarante fez um último contacto com a família há duas semanas e desde então nada mais se soube.
Ao Jornal de Notícias (JN), Pedro Pacheco, também alpinista, confessa que “estamos num momento chave” da sobrevivência de João, uma vez que “terão passados uns 16 dias” desde o seu desaparecimento.
Pacheco sugere que João possa ter tropeçado e partido algum membro numa zona da montanha sem cobertura de rede telefónica, algo que complicaria não só a deslocação como o contacto com o ‘exterior’. Contudo, descarta a hipótese desta ida para as Astúrias ter sido mal preparada.
“Não estamos a falar de um novato. É o campeão nacional de BTT, está habituado a correr em percursos de montanha. É um profissional, o que aconteceu não foi uma irresponsabilidade”, disse o alpinista de 48 anos, relembrando, mais tarde, o momento em que ficou bloqueado nos Andes e teve que dividir a comida que levara para três dias por seis dias.
As condições atmosféricas não têm ajudado no processo de buscas. “É uma montanha muito escarpada, sem caminhos definidos. E mesmo os definidos, por onde passam milhões de pessoas, podem ser complicados”, disse Pedro Pacheco ao Jornal de Notícias (JN), relembrando que o facto de estar a nevar nas Astúrias facilitar a hidratação do português desaparecido.
As buscas por João Marinho vão ser retomadas esta quarta-feira.