No âmbito do lançamento do seu novo livro ‘Não se encontra o que se procura’, Miguel Sousa Tavares concedeu uma entrevista ao Diário de Notícias, hoje publicada, na qual não se consegue livrar de dar a sua opinião sobre o estado do país, conforme faz semanalmente na antena da SIC.
Considerando que o país ainda "não saiu da crise", o escritor contenta-se porém por ver que há países piores do que Portugal, como é o caso do Brasil, um dos “países mais mal governados de sempre", segundo o próprio.
“Apesar desta nossa crise, ainda somos dos poucos países, onde é possível viver com dignidade com menos dinheiro”, sublinha.
Apesar disso, revela que a crise foi tudo aquilo que pensou de pior e considera que “o país acabou” a partir do momento em que perdemos “350 mil pessoas em três anos e só no ano passado terem emigrado 110 mil jovens”.
“O país acabou quando se vê a juventude ir-se embora e as pessoas ficam envelhecer”, refere, defendendo que a situação poderá refletir-se no facto de ninguém ir votar nas próximas eleições, em 2015.