Ao que parece, Artur Baptista da Silva também se ‘movia’ bem no seio político. Para além de ser militante do PS, “apareceu em várias campanhas eleitorais e seguramente na minha", lembra a vereadora Helena Roseta, a quem Artur Baptista da Silva pediu um espaço para uma associação de solidariedade sediada no Porto, a Espaço T, conta hoje o Público.
Mas, a vereadora acredita que o espaço não chegou a ser atribuído e que o pedido continua em análise.
Anos antes, em 2001, "o então ministro Jorge Coelho até veio a Santo André lançar a primeira pedra do pólo local Instituto Piaget, de que Artur Baptista era director", recorda o presidente da junta de freguesia alentejana, Jaime Cáceres, acrescentando que o falso consultor da ONU "fazia questão que se soubesse que era uma figura proeminente no PS", na altura o partido do Governo, lembra o Público.
Mas a ‘fama’ de Baptista da Silva viria a cair em desgraça em Santo André, devido ao atropelamento mortal de duas mulheres. "Foi um escândalo na terra", conta o ex-autarca, Fonseca Santos, "a população revoltou-se e nessa altura ele desapareceu".
Entretanto, uma fonte oficial do Banco Mundial garantiu à agência Lusa que o nome de Artur Baptista da Silva não consta das suas bases de dados, e o ex-economista desta instituição, Martin Ravallion, vítima de plágio, considera "que este tipo de burla não é aceitável" mas não tenciona agir legalmente contra o português.