Têm cada vez mais acesso a informações mas percebem cada vez menos do assunto. Referimo-nos aos adolescentes e, claro está, a um dos temas que mais interesse lhes suscita nesta idade: o sexo.
A conclusão é da tese de doutoramento de Susana Marinho, da Universidade do Minho, que trabalhou com jovens do segundo e terceiro ciclos do concelho do Porto para apurar a sua ignorância e os equívocos a respeito da sexualidade
Com o seu trabalho, a investigadora concluiu que 48,9% destes jovens se refere ao sexo unicamente pela sua vertente biológica, pondo de partes aspetos como os de afeto e os sociais.
“Há mais informação, não necessariamente conhecimento. Têm dificuldade em selecionar e compreender. E não têm espírito crítico. O que aparece é o que é”, afirma Susana Marinho ao Jornal de Notícias lembrando que “os afetos e outros aspetos da relação ficam por dizer”.
Entre alguns dos erros em que estes jovens acreditam é de que a pílula protege contra as doenças sexualmente transmissíveis e que as mulheres engravidam durante a menstruação.
As conclusões do estudo voltam assim, refere o Jornal de Notícias, a suscitar o debate sobre a importância de se cumprir os seis tempos anuais nos currículos do primeiro e segundo ciclos e 12 horas para o terceiro ciclo e secundário das aulas de Educação Sexual.