Justiça analisa teia que une arguidos do 'caso Sócrates'

O Ministério Público (MP) está a levar a cabo uma análise meticulosa aquela que é a teia empresarial que liga o advogado Gonçalo Ferreira a Carlos Santos Silva, e vice e versa. Segundo o Diário Económico, o objetivo da justiça é encontrar indícios de fraude fiscal e de branqueamento de capitais nas ligações empresariais entre os dois arguidos.

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Notícias Ao Minuto
22/12/2014 09:02 ‧ 22/12/2014 por Notícias Ao Minuto

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Entre maio de 2009 e julho de 2013 foram doze as empresas que se ligaram entre si. Trata-se de uma rede complexa de sociedades que tem, na sua grande maioria, dois nomes em comum: Gonçalo Ferreira e Carlos Santos Silva, dois dos arguidos do caso Marquês.

Segundo o Diário Económico, o Ministério Público (MP) está agora a passar a pente fino todos os elos que possam ligar estes dois nomes de forma a apurar a existência, ou não, de indícios de fraude fiscal e de branqueamento de capitais.

Mas desvendemos um pouco desta teia. Começamos pela Activadvisor, uma empresa de serviços de consultoria de arquitetura. O advogado Gonçalo Ferreira e Rui Mão de Ferro são os sócios gerentes, sendo este último apontado pela Justiça como elo de ligação com o amigo de José Sócrates. Contudo, na mesma morada fiscal desta empresa, em Lisboa, existem outras duas: a Itineresanis (que tem como sócios gerentes Rui Mão de Ferro, Romeu Branco Simões e Carlos Santos Silva) e a GTSPEM (empresa com sete funcionários e que tem como sócio Gonçalo Ferreira), sendo que, destas três empresas, a Activadvisor foi a última a ser criada, segundo o Diário Económico, a 12 de julho de 2013.

À Activadvisor ligam-se ainda as Lulilartond (que tem como sócio o advogado Gonçalo Ferreira) a RMF Consulting e OZW. A Activadvisor detém da primeira 50% do capital, 30% do da segunda e outros 50% do capital da terceira. Nas três, há um nome que se destaca, o de Romeu Branco Simões, sócio gerente da OZW, mas residente na morada fiscal das outras duas empresas.

Nesta teia de empresas que, direta ou indiretamente, liga o nome do amigo de José Sócrates ao do advogado, chegam outras. A empresa mãe, escreve a publicação, é a Belmontagro, uma sociedade agrícola criada a 2 de julho de 2009 e que tem como um dos acionistas Gonçalo Ferreira. Aqui, destaca-se o nome de Luís Vasco Barata Dias, presidente desta sociedade, administrador da Dinope SGPS, vice-presidente da LOBEGE SGPS, gerente da MID e da LOBEGE. Também Jorge Ramalhete da Cruz tem o seu nome como presidente ou gerente de todas estas empresas que, à exceção da LOBEGE, foram criadas no dia 2 de junho de 2009.

No esquema do Diário Económico surgem ainda outras duas empresas: a Favorite Vintage e a Through Decades. A primeira, criada em 2013, tem como acionista Gonçalo Ferreira; já a segunda, existente desde 14 de outubro de 2010, tem como gerente Carlos Santos Silva e como acionista Gonçalo Ferreira, sendo, então, a única que liga diretamente o nome dos dois arguidos.

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