As investigações conduzidas pelo Ministério Público em 2013 terminaram, na sua grande maioria, em arquivamento. Destas diligências, apenas 13,2% culminou com a acusação do arguido suspeito dos crimes, dá conta o Diário Económico.
A tendência, explica o mesmo jornal, não é de agora, mas o número de acusações face ao volume de processos de investigação voltou a decrescer no ano passado. Em termos de corrupção, em específico, apenas 12% das investigações terminaram com a acusação formal do suspeito, um número ainda inferior ao verificado no cômputo geral.
Em termos nominais, das 533 mil investigações abertas em 2013, apenas 70 mil findaram com despacho de acusação, considerando o tribunal que os investigadores conseguiram indícios suficientes para existir julgamento. Nestes casos, 40% dos acusados acabaram por ser absolvidos pelos juízes.
Dá ainda conta o Económico que, por exemplo, um arguido investigado por crime fiscal ou burla pode ver o seu processo ser arrastado durante 44 meses, até término do julgamento em primeira instância.
Os casos de violência doméstica têm uma média de cinco meses até estar concluídos, uma estatística em linha com a verificada nos crimes de tráfico de droga que demoram cerca de oito meses a ser finalizados.