Os médicos tarefeiros têm recebido salários cada vez mais degradantes, algo que não deveria acontecer pois, em agosto de 2011, o Ministério da Saúde publicou um despacho que indica o valor a ser recebido por um médico não especialista e especialista era de 25 euros e 30, respetivamente. Mas as empresas têm vindo a baixar os valores e chegam a oferecer 10 a 12 euros por hora.
Ao Jornal de Notícias, o presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, revelou que o problema da falta de médicos no Amadora-Sintra tem levado a longas esperas nas urgências nos últimos dias e isto “é apenas a ponta do icebergue”.
A falta de médicos leva a que se contrate por empresas de trabalho temporário, o que acontece muito nestas épocas, e depois não se consegue dar resposta.
“É uma realidade que se vive todos os anos. Os médicos dos quadros fazem as suas férias e depois há que correr ao trabalho temporário. O que acontece é que os preços têm vindo a degradar-se e os médicos prestadores de serviços não têm interesse em trabalhar com valores/hora baixos e carga fiscal agravada”, afirma um responsável de uma empresa de recursos humanos.
Existem 20 empresas legalizadas para responder aos concursos do Sistema Nacional de Saúde, mas nesta altura do ano fica difícil de contratar porque os pedidos são feitos muito em cima da hora e há médicos que não estão interessados no valor prometido.