Os médicos estão a fazer mais de 870 horas por dia nas urgências depois de ter sido alargado o horário de 35 para 40 horas semanais nos hospitais e são quase mil os clínicos nesta situação, ainda assim os problemas mantêm-se nas urgências.
O Diário de Notícias informa que os doentes esperam dez ou mais horas e já se contabilizam duas mortes na última semana devido à falta de atendimento médico.
O alargamento dos horários permitiu somar mais 6.093 horas semanais aos serviços de urgência, o que significa que por dia são feitas mais de 870 horas pelo total dos médicos, segundo a Administração Central do Sistema de Saúde.
Para tentar combater estas dificuldades foram contratados mais cerca de 434 médicos e 511 enfermeiros, em comparação a 2013, mas as medidas revelam-se insuficientes .
Numa altura em que há mais gripes e infeções respiratórias há muitos centros de saúde encerrados e por isso, os pacientes dirigem-se aos hospitais onde esperam horas infindáveis para serem atendidos. Neste momento, toma-se como exemplo o homem que faleceu na noite de domingo, no Hospital da Feira, depois de horas sem atendimento médico.