Dois homens armados com uma 'kalashnikov' e um 'lança-rockets' atacaram hoje a redação do jornal satírico francês 'Charlie Hebdo', em Paris, gritando "vingámos o profeta", segundo testemunhas citadas por uma fonte policial.
O ataque causou 12 mortos, entre os quais dois agentes policiais, além de 20 feridos, dos quais quatro em estado grave, de acordo com o mais recente balanço.
Em comunicado divulgado pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, o Governo português "condena veementemente o violento atentado ocorrido hoje em Paris" e "lamenta profundamente a perda de vidas humanas".
"Não havendo ainda indicação quanto à identidade das vítimas, as autoridades portuguesas estão a acompanhar a situação a partir da embaixada de Portugal em Paris e do consulado geral naquela cidade, estando em contacto permanente com as autoridades francesas", acrescenta a nota do Palácio das Necessidades.
O Governo português expressou ao executivo francês e às famílias das vítimas "as mais sinceras condolências e profunda solidariedade".
O ministério de Rui Machete disse ainda esperar que "os suspeitos deste ato bárbaro sejam rapidamente detidos, julgados e condenados".
O Presidente francês, François Hollande, deslocou-se ao local e denunciou um "ataque terrorista" de "extrema barbárie".
O gabinete do primeiro-ministro, Manuel Valls, anunciou que elevou o nível de alerta na região de Paris para o máximo, designado "alerta de atentado".