"Os trabalhadores foram formalmente informados há dois dias do despedimento coletivo a nível nacional e marcámos para segunda-feira um plenário de urgência para que os trabalhadores possam discutir a situação e eventuais formas de luta para contestar a iniciativa da empresa", afirmou o presidente do Sindicatos dos Trabalhadores das atividades diversas (STAD), Carlos Trindade.
Segundo o sindicalista, a empresa de prestação de serviços de vigilância tem cumprido os requisitos legais, tendo informado por carta os trabalhadores da sua intenção de proceder ao despedimento coletivo.
O STAD convocou os trabalhadores para um plenário em Lisboa "para os mobilizar" e para promover a eleição de uma Comissão de Trabalhadores, que irá, juntamente com o sindicato, reunir-se com os representantes da empresa para "tentar minimizar os prejuízos para os trabalhadores".
De acordo com Carlos Trindade, a maioria dos trabalhadores abrangidos pelo despedimento (45) são da zona da grande Lisboa.
A Securitas emprega cerca de 6.000 trabalhadores a nível nacional.
O diretor de recursos humanos da empresa, Jorge Martins, confirmou à Lusa que foi iniciado esta semana um despedimento coletivo de 56 pessoas, a maioria das quais da zona de Lisboa, devido à perda de clientes.
"Tivemos várias rescisões de contratos, em especial no setor público, de modo que não conseguimos colocar todos os funcionários", disse.
Jorge Martins referiu o exemplo da RTP, onde estavam colocados 90 vigilantes da Securitas.
"A RTP optou por contratar outra empresa de vigilância, com um preço mais baixo, com o qual não pudemos concorrer porque não cobria os custos", disse.