O Ministério e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte sabiam desde julho que a falta de médicos em Santa Maria da Feira colocava os pacientes em risco e, ainda assim, nenhuma medida foi tomada, avança o Jornal de Notícias.
A morte de um doente que aguardou cinco horas para ser atendido nas urgências do Hospital de S. Sebastião a 4 de janeiro, demostrou a falta de profissionais que existe naquele serviço de saúde. No entanto, várias denúncias tinham sido feitas para alertar face a este problema.
Dois dias antes da tragédia, a diretora da Urgência enviou uma carta à Ordem dos Médicos, onde relatava as consequências negativas para esta condição. Muito antes disso, a 2 de outubro, já tinha surgido um outro alerta.
O Jornal de Notícias apurou que o primeiro aviso surgiu a 18 de julho do ano passado, numa carta enviada a Fernando Silva com o conhecimento do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e do presidente da ARS Norte, com a indicação que era impossível “assegurar os serviços clínicos na Unidade de Cuidados Intermédios/Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente e gestão do doente crítico, sala de emergência e reanimação inter-hospitalar”.
Até à data nenhuma medida foi tomada e os alertas continuam a repetir-se.