"Os cerca de 50 trabalhadores estão aqui à porta e não vão sair, porque têm salários em atraso, alguns quatro meses, e não vão deixar que os bens da empresa saiam das instalações para serem vendidos", explicou Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção do Norte.
Segundo o sindicalista, a Prégaia, "que se afirmou ao longo de décadas como sendo a melhor empresa na prefabricação de betão, não cumpre com os seus compromissos para com os trabalhadores e agora o administrador tem dois camiões carregados de materiais que quer tirar da empresa para vender".
Albano Ribeiro garantiu que, "apesar do frio, os trabalhadores não vão deixar sair os camiões".
O Sindicato "concorda com a venda dos materiais da empresa, mas apenas se for para pagar aos trabalhadores", estimando que estejam em atraso cerca de 300 mil euros.
Afirmando que foi já pedida a insolvência da Prégaia e que o Plano de Revitalização não tem sido cumprido, Albano Ribeiro adiantou que o administrador "quer montar uma empresa em Angola".
A Lusa tentou contactar a administração da empresa por telefone, mas fonte da Prégaia respondeu não estar ninguém disponível.
Albano Ribeiro disse ainda que, face aos salários em atraso, há trabalhadores que já pediram a rescisão, outros que pediram a suspensão e ainda quem se encontre de baixa médica.
De acordo com informação disponibilizada na página da internet da empresa, a Prégaia, instalada na Maia, distrito do Porto, desenvolve a sua atividade no setor da prefabricação de betão, tendo como objetivo social a construção de edifícios, fabricação de produtos de betão, gesso, cimento e marmorite.
A Prégaia foi distinguida nos prémios Inovação da Construção 2014, nas categorias de "Equipamentos" e "Materiais e Produtos".
O Grupo Soares da Costa vendeu em 2006 a empresa ao grupo espanhol Pérez Leiros Cosntruccíon.