Trabalhadores da Prégaia, na Maia, impedem saída de camiões

Trabalhadores da Prégaia -- Prefabricados estão hoje concentrados à porta da empresa, na Maia, a impedir a saída de camiões com bens da empresa até que seja garantido o pagamento dos salários em atraso, disse à Lusa fonte sindical.

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Lusa
21/01/2015 16:15 ‧ 21/01/2015 por Lusa

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Salários

"Os cerca de 50 trabalhadores estão aqui à porta e não vão sair, porque têm salários em atraso, alguns quatro meses, e não vão deixar que os bens da empresa saiam das instalações para serem vendidos", explicou Albano Ribeiro, presidente do Sindicato da Construção do Norte.

Segundo o sindicalista, a Prégaia, "que se afirmou ao longo de décadas como sendo a melhor empresa na prefabricação de betão, não cumpre com os seus compromissos para com os trabalhadores e agora o administrador tem dois camiões carregados de materiais que quer tirar da empresa para vender".

Albano Ribeiro garantiu que, "apesar do frio, os trabalhadores não vão deixar sair os camiões".

O Sindicato "concorda com a venda dos materiais da empresa, mas apenas se for para pagar aos trabalhadores", estimando que estejam em atraso cerca de 300 mil euros.

Afirmando que foi já pedida a insolvência da Prégaia e que o Plano de Revitalização não tem sido cumprido, Albano Ribeiro adiantou que o administrador "quer montar uma empresa em Angola".

A Lusa tentou contactar a administração da empresa por telefone, mas fonte da Prégaia respondeu não estar ninguém disponível.

Albano Ribeiro disse ainda que, face aos salários em atraso, há trabalhadores que já pediram a rescisão, outros que pediram a suspensão e ainda quem se encontre de baixa médica.

De acordo com informação disponibilizada na página da internet da empresa, a Prégaia, instalada na Maia, distrito do Porto, desenvolve a sua atividade no setor da prefabricação de betão, tendo como objetivo social a construção de edifícios, fabricação de produtos de betão, gesso, cimento e marmorite.

A Prégaia foi distinguida nos prémios Inovação da Construção 2014, nas categorias de "Equipamentos" e "Materiais e Produtos".

O Grupo Soares da Costa vendeu em 2006 a empresa ao grupo espanhol Pérez Leiros Cosntruccíon.

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