O arguido negou ter efetuado aquele número de disparos de pistola, mas admitiu ter efetuado apenas um, para o ar, para a obrigar a vítima a parar.
Nesta primeira sessão de julgamento, a mulher, de 49 anos, contou que, no dia 10 de março de 2014, em Padronelo, Amarante, foi abordada, com ameaças pelo ex-companheiro, de 55 anos, com o qual já não se relacionava desde 25 janeiro.
O arguido tinha então pulseira eletrónica por ser suspeito de violência doméstica no período em que tinha vivido com a vítima.
A abordagem aconteceu quando a mulher enchia os pneus da sua viatura.
Segundo a versão da mulher contada hoje em tribunal, terão sido disparados vários tiros pelo alegado agressor, quando a vítima tentava fugir.
Ao entrar numa viatura de um amigo, a mulher terá sido agredida com coronhadas na cabeça, provocando-lhe ferimentos.
Antes do incidente, o arguido terá rebentado a pulseira eletrónica para evitar ser detetado na aproximação à mulher.
O arguido pôs-se em fuga, mas acabaria por ser detido quatro dias depois pelas autoridades, encontrando-se atualmente detido no Estabelecimento Prisional de Vila Real.
Uma testemunha ouvida hoje em audiência disse ter ouvido apenas um disparo.
A defesa alegou que só foi encontrado um invólucro no local do incidente.
O arguido está acusado de um crime de homicídio, na forma tentada, ofensa à integridade física, violência doméstica e posse de arma ilegal.
A próxima sessão ficou marcada para terça-feira, com a audição de mais testemunhas.