Escreve o Diário de Notícias deste domingo que, segundo uma fonte diplomática que contactaram, os Estados Unidos terão ficado incomodados com o facto de Passos Coelho, em janeiro de 2013, não ter recebido o então secretário de Defesa americano Leon Panetta, que estava na altura em visita a Lisboa.
Na altura, o encontro estaria agendado, a pedido do próprio Panetta, que se encontrou com os líderes políticos de outros países. O encontro, porém, terá sido desmarcado por iniciativa do governante português, sendo que Passos Coelho terá sido o único primeiro-ministro que não recebeu o representante norte-americano na sua visita à Europa, “e essa atitude que ficou profundamente marcada”, adiantou a mesma fonte.
Numa altura em que a considerável redução da capacidade norte-americana na Base das Lajes poderá trazer diversos desafios, em particular à economia local, Devin Nunes, um congressista republicano com raízes açorianas, admite ao mesmo jornal que a redução prevista de dois terços dos efetivos provocará “danos nas relações” diplomáticas entre os dois países.
O mesmo congressista, no entanto, acende alguma ‘luz ao fundo do túnel’ sobre esta questão, sugerindo que o Congresso dos EUA ainda irá “explorar diversas opções para manter a Base das Lajes”. Mas no momento atual já não será fácil renegociar a posição americana nas Lajes.
O Diário de Notícias adianta ainda que confirmou com outra fonte o incómodo que o ‘não’ de Passos a Washington terá provocado. O gabinete do primeiro-ministro, por outro lado, ainda não comentou a questão, escreve o mesmo jornal.