Sindicato acusa presidente do hospital São João de "lançar pânico"

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte acusou esta terça-feira o presidente do Hospital S. João, no Porto, de querer “desestabilizar” e “criar pânico” entre os funcionários, ao admitir uma redução de 20% de pessoal.

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Lusa
08/01/2013 13:52 ‧ 08/01/2013 por Lusa

País

Saúde

No programa da TVI24 ‘Olhos nos Olhos’, António Ferreira disse acreditar que o Hospital de S. João pode prestar o mesmo serviço aos utentes com menos 20% dos trabalhadores, referindo que há um problema de produtividade no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que este poderia ser resolvido com a exclusividade de todos os profissionais e com horários de trabalho de 40 horas.

Em declarações à Lusa, Carla Ferreira, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), considerou que as declarações de António Ferreira foram “insensatas” e “irresponsáveis”. “O Hospital de S. João funcionaria melhor sem um presidente do Conselho de Administração profícuo em declarações insensatas. As suas afirmações são bombásticas o suficiente para fazer furor na TV, mas, principalmente, são uma machadada na estabilidade necessária ao funcionamento do SNS”, considerou a dirigente.

Carla Ferreira argumenta que com as declarações que prestou, o presidente do “S. João” pretende “lançar a confusão e o pânico nos trabalhadores”. “São de uma enorme irresponsabilidade, dado que António Ferreira não esclarece se pretende dispensar médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar ou quaisquer outros trabalhadores”, vincou.

Ontem, António Ferreira disse na TVI24 que se todos trabalhassem em regime de exclusividade, com horário de trabalho de 40 horas e “dedicados ao hospital” seria possível prestar o mesmo serviço com menos 1.120 do total de 5.600 funcionários. A Lusa contactou a Administração do Hospital de S. João, mas ainda não foi possível obter qualquer esclarecimento.

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