Depois de o JN denunciar o caso, que envolve o pagamento de meio milhão de euros por parte da AEDL ao dono da Fibromade, Domingos Barros, pela expropriação de um terreno da sua empresa, o Ministério Público decidiu abrir uma investigação, confirmou ao jornal a Procuradoria-Geral da República, acrescentando que o processo está “em segredo de Justiça”.
A expropriação do terreno visava alargar o nó entre da A41 com a A4. A questão é que, se ao mandatário do antigo assessor de Sócrates, Artur Penedos, foi pago meio milhão de euros (quando a oferta inicial foi de 9.600 euros), um outro proprietário, de um terreno vizinho, recebeu apenas 35 mil euros.
Contactada pelo JN, a AEDL esclareceu que a indemnização a Domingos Barros foi paga em três parcelas: sete euros por metro quadrado da área expropriada; 300 mil euros em benfeitorias que estavam nessa parcela; e, 50 euros por metro da área circundante não expropriada, por não ter capacidade edificativa.
Para além desta questão, Domingos Barros admitiu ainda, ao JN, ter contribuído financeiramente para a campanha eleitoral do socialista Artur Penedos, mas recusou ter pedido algum favor ao antigo assessor de Sócrates.
Uma informação desmentida por Artur Penedos, garantindo que o empresário lhe pediu para tentar evitar que a construção da auto-estrada passasse pela sua propriedade.