Na conferência de imprensa destinada a explicar o acordo alcançado para fazer chegar os medicamentos inovadores para a hepatite C aos doentes portugueses, o ministro Paulo Macedo salientou a importância de se ter acordado "pagar por doente tratado".
"Acordou-se algo importante que foi pagar por doente tratado. Não vamos pagar por tratamento de três, 12 ou 24 semanas, mas por doente tratado", declarou o ministro, adiantando que o Estado também não pagará se um mesmo doente necessitar de tratamento adicional.
O govenante sublinhou, aliás, que não contratou com o laboratório Gilead a compra de embalagens, mas antes o tratamento dos doentes.
Segundo Paulo Macedo o acordo alcançado permite aceder a dois dos medicamentos considerados inovadores para a hepatite C: o sofosbuvir, aprovado em junho, e um outro fármaco aprovado em dezembro.
Para o ministro, este foi o melhor acordo alcançado por um país europeu, indicando que irão ser gastos por anos "umas dezenas de milhões de euros".
Paulo Macedo nunca revelou os valores concretos que serão gastos pelo Estado nem os montantes acordados com o laboratório, lembrando que "a confidencialidade do preço é uma regra importante" na negociação.
"Vamos conseguir tratar mais doentes, de forma mais equitativa (...). Abrimos caminho para podermos iniciar a erradicação, a eliminação da doença".