Um empresário de Gaia terá lucrado 13 milhões de euros com um esquema fraudulento que envolvia a compra de terrenos mais tarde expropriados para a construção de autoestradas.
De acordo com a edição deste domingo do Jornal de Notícias, a Polícia Judiciária suspeita que Vítor Batista, ligado ao ramo da construção civil e contabilidade, tinha acesso a informação sobre o circuito das autoestradas e comprava antecipadamente os terrenos, para depois vender, obtendo lucro.
Ligado a si estava um engenheiro da Brisa, que representava a Auto-Estradas do Douro Litoral (AEDL) nas escrituras de expropriação por acordo com proprietários de terrenos, tendo pago dinheiro a mais por via de um esquema fraudulento.
Os suspeitos, em cujas casas foram feitas buscas, terão incluído nas expropriações áreas superiores à abrangida pela declaração de utilidade pública, classificado indevidamente parcelas de terreno como urbanizáveis e com capacidade construtiva, adquirido de forma injustificada áreas sobrantes e ainda pago avultados valores por benfeitorias nos terrenos que não estavam documentadas.
Os indícios de corrupção e participação económica em negócio dizem respeito aos anos 2008 a 2012 e envolvem terrenos destinados à construção da A32, A41 e A43.