Os diretores do serviço do Hospital Fernando Fonseca, mais conhecido por Hospital Amadora-Sintra, demitiram-se, sustentando esta decisão na “degradação das condições de trabalho” e “do serviço prestado aos utentes”. A TVI, que avança com a informação, refere que 90% dos diretores do Amadora-Sintra estão demissionários.
Citando uma carta enviada a 11 de fevereiro ao Conselho de Administração do hospital, os 27 médicos que assinam a missiva queixam-se da diminuição da qualidade do serviço prestado nos últimos dois anos. A situação é, escrevem, “fruto de um conjunto de circunstâncias (...) em que a Administração e a Direção Clínica, não têm conseguido defender os interesses da instuição e das populações que esta serve”.
Estes clínicos destacam também “(...) a saída preocupante de recursos humanos qualificados que não foram substituídos” e a “incapacidade de contratação de profissionais de várias áreas clínicas”, bem como a “ausência de resposta em especialidades fundamentais” para uma assistência de qualidade.
A carta foi enviada ao Conselho de Administração do hospital com o conhecimento do ministro da Saúde, Paulo Macedo, e do bastonário da Ordem dos Médicos.
Contactado pelo TVI, o diretor clínico não comentou as demissões, revelando apenas que amanhã (quarta-feira) haverá uma reunião com os diretores demissionários e garantindo que estas demissões não interferem com a atividade prestada pela unidade hospitalar.
Contudo, minutos depois de conhecida esta missiva, fonte do Hospital Fernando da Fonseca adiantou à agência Lusa que o diretor clínico, o médico gastroenterologista Nuno Alves, apresentou a demissão do cargo, estando previsto para esta quarta-feira o anúncio da nova direção clínica da unidade hospitalar.
Saliente-se que, uma situação semelhante aconteceu recentemente com a direção do hospital Garcia de Orta, em Almada.
[Notícia atualizada às 13h50 com informações da agência Lusa]
