"Portugal está na rota de colisão do jihadismo"
O porta-voz do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo dá, este domingo, uma entrevista ao Diário de Notícias na qual fala sobre a recente alteração legislativa relativa ao terrorismo, o perigo que o Estado Islâmico representa e ainda a forma como se deve derrotar a jihad.
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País Observatório
Filipe Pathé Duarte não tem problemas em afirmar que “estamos, no caso específico do jihadismo, na rota de colisão”.
Isto porque, explica, “somos os ‘outros’”, ou seja, “pertencemos ao ocidente e ao núcleo judaico-cristão, à União Europeia e à NATO”.
Mas não só. Para o porta-voz do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo há ainda o facto de na lógica do inimigo “Portugal pertencer ao antigo califado Al-Andaluz”.
“Como ponto estratégico para eles, estamos próximos do Magrebe, somos extremo ocidental da União Europeia e pertencemos a Shengen”, acrescenta.
Na opinião deste responsável, ainda não “assumimos que estamos na rota de colisão”, porque “nunca sentimos uma ameaça premente, nunca houve a necessidade imediata de uma reformulação na organização da segurança”.
Filipe Pathé Duarte afirma também que “é fundamental o papel do Sistema de Segurança Interna (…) pois permite uma sistematização dos vários órgãos de polícia criminal e possibilita a partilha de informações”.
No entanto e tendo em conta a atomização do atual Sistema de Segurança Interna (SSI), o especialista em questões de terrorismo considera que “o primeiro passo para a contornar é dar cada vez mais poderes ao SSI, para que possa coordenar e integrar”.
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