A PSP conta, pelo menos, duas dezenas de instrutores de tiro a quem foram diagnosticados problemas relacionados com os gases libertados pela pólvora nas carreiras de tiro.
Segundo o Diário de Notícias, desde há dois anos para cá, exames médicos têm vindo a detetar que há trabalhadores contaminados com metais altamente tóxicos que causam, entre outros sintomas, irritações na pele, úlceras constantes, defesas fragilizadas, debilidade e cansaço geral.
O problema acentua-se nos responsáveis pelo treino com armas de fogo que trabalham em carreiras fechadas, mais perigosas para a saúde.
“Sempre que se dá um disparo com arma de fogo, libertam-se várias moléculas de metais pesados, as quais, por ação do calor da deflagração da pólvora, sofrem alterações e libertam gases contendo vários metais pesados, como chumbo, antimónio, bário, mercúrio, crómio e níquel, a que o instrutor de tiro está exposto”, explicou ao Diário de Notícias uma fonte policial que está a acompanhar os casos.
Há, inclusivamente, “instrutores que foram afastados de funções por motivos de saúde”, pelo que o presidente do Sindicato Nacional de Polícia (Sinapol) solicitou mais apoio à Direção Nacional para prevenir estes problemas de saúde.
A direção da PSP já se disponibilizou para pagar tratamentos e exames feitos por alguns instrutores, mediante apresentação de fatura.