O Ministério Público (MP) já terá identificado o homem que transferiu várias transferências de milhões de euros para as contas bancárias de Carlos Santos Silva na Suíça, adianta o Diário de Notícias.
Joaquim Barroca, um dos administradores e donos do Grupo Lena, terá enviado para Santos Silva, arguido na Operação Marquês, a par de José Sócrates, milhares de euros em transferências feitas entre 2007 e 2009, ou seja, enquanto Sócrates era primeiro-ministro.
O MP terá chegado a Barroca através da análise dos dados bancários enviados pelas autoridades helvéticas, onde foi identificada não só a origem do dinheiro, como o período em que foi transacionado.
Recorde-se que o Grupo Lena, grupo empresarial de Leiria, já tinha sido identificado como o agente pagador e corruptor ativo nos meandros deste caso, tendo ganho 200 milhões de euros em concursos abertos pelo Estado durante o mandato de Sócrates como primeiro-ministro.
Carlos Santos Silva, empresário e amigo de José Sócrates, era apenas uma espécie de fiel depositário do dinheiro, conta a mesma publicação.