Segundo o jornal Público, 10% das crianças portuguesas têm asma, contudo 30% dos casos chegam à adolescência sem sinais da doença, de acordo com um estudo da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa.
O estudo acompanhou 300 crianças portuguesas com asma durante 13 anos de modo a perceber a evolução dos sintomas. Mário Morais de Almeida, coordenador da pesquisa, afirma que se a asma for diagnosticada cedo, é mais fácil controlá-la no futuro.
O principal objetivo do estudo foi perceber a influência das caraterísticas iniciais das crianças na persistência da asma na adolescência, assim há a possibilidade de fazer tratamentos mais eficazes com crianças com sintomas semelhantes.
O médico responsável explicou que se identificaram claramente três conjuntos de crianças: “um conjunto que vai continuar a ter sempres queixas até à adolescência, em que a parte da alergia é muito importante e que representam metade de todos os casos”; “um quarto das crianças continua até à adolescência, mas com menos queixas e sem alergias na idade escolar. Noutro quarto [conjunto], as queixas desaparecem na idade escolar”.
A divisão em diversos grupos permitirá aos médicos saber onde se deve aplicar medicação preventiva e naqueles onde basta dar tratamentos em situações de crise. O médico frisou a importância de se fazerem testes alérgicos e provas de função respiratória ainda durante a primeira infância.
Mário Morais de Almeida crê que o diagnóstico tardio e os elevados preços dos medicamentos e das vacinas para alergias e asma poderão ser uma barreira para algumas famílias.