Elas são, na sua maioria, das zonas mais pobres da Grande Lisboa. Eles vêm sobretudo da Índia e do Paquistão. Conhecem-se através do passa-a-palavra e em troca de dinheiro e alguns bens materiais casam-se. O objetivo é que eles possam viver na Europa de forma legal.
Tratam-se dos casamentos brancos, que em Portugal estão a atingir números recordes. De acordo com o Jornal de Notícias, só no ano passado foram identificados 61 casos deste género de matrimónios por conveniência, um número nunca antes registado no país.
Os dados são do Relatório Anual de Segurança Interna que revela que os homens procuram no seu país de origem redes internacionais e contactos para recrutamento de noivas. Estes pagam entre 10 mil e 12.500 euros por casamento, num regime de tudo incluído: noiva, encontros prévios com ela caso seja necessário, e toda a documentação necessária para a legalização.
As jovens são recrutadas nas zonas mais empobrecidas, pois mais fácil é de convencê-las a aceitar casar apenas por interesse. Recebem cerca de 5 mil euros e ainda outros bens materiais, refere ao Jornal de Notícias, fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteira (SEF). Estas recebem metade do valor antes do casamento e o restante depois do noivo receber um título de residência, que ao fim de três pode tornar-se no pedido de nacionalidade.