O comandante da unidade militar, coronel Nuno Duarte, indicou à agência Lusa que o exercício Centauro 15, desenvolvido através do Esquadrão de Reconhecimento do RC3, decorre até ao próximo domingo.
O exercício, de acordo com o comandante da unidade, envolve, no último dia, a participação de cerca de 150 civis, que "aceitaram o desafio" de simular serem os cidadãos portugueses, residentes num país em conflito, que "vão ser extraídos para Portugal pelas Forças Armadas Portuguesas".
O RC3 decidiu convidar cidadãos, assim como entidades civis e militares, para participarem no último dia do exercício, no domingo, entre as 15:00 e as 19:00.
Com esta iniciativa, o RC3, unidade mais antiga do Exército, pretende abrir as suas portas à comunidade e aproximar esta atividade de treino da realidade que pretende simular.
No domingo, a atividade militar inclui a triagem dos cidadãos a evacuar e depois a escolta com viaturas blindadas a uma coluna de veículos civis, com autocarros e carrinhas, para um local seguro, onde os cidadãos embarcariam em aeronaves para o regresso a Portugal.
O trajeto vai ser feito por estradas principais, no concelho de Estremoz, entre a Aldeia de Mourinhos, na freguesia de Glória, e a carreira de tiro do RC3, em Santa Vitória do Ameixial.
Depois, decorre uma visita às instalações de campanha do Esquadrão de Reconhecimento, tendas insufláveis montadas na carreira de tiro para efeitos de exercício, e à exposição dos principais equipamentos utilizados por esta unidade operacional do Exército.
A missão do RC3 inclui a preparação de um Esquadrão de Reconhecimento, pertencente à Brigada de Reação Rápida (ERec/BrigRR), com a possibilidade de ser empregue em Forças Nacionais Destacadas (FND) e a "capacidade para cumprir missões nos mais diversos teatros de operações, quer sejam de combate de alta intensidade, operações de paz ou de assistência humanitária".
Unidade constituída por cerca de 80 militares, o ERec/BrigRR está equipado com viaturas blindadas ligeiras de Reconhecimento PANHARD M-11 e encontra-se pronto para reforçar a Força de Reação Imediata (FRI).
A FRI integra um conjunto de forças militares dos três ramos das Forças Armadas preparada para ser empregue em países onde existam fortes comunidades portuguesas e com a missão de efetuar a sua extração, caso a sua segurança esteja comprometida, para o território nacional ou outro local seguro.