Os encarregados de educação pretendem que "haja um despacho do Ministério da Educação para que estes professores sejam enquadrados no agrupamento, no qual trabalham já há imensos anos", disse à agência Lusa Dora Batista, mãe de uma aluna.
"Encarregados de educação em luta pela continuidade pedagógica" é a frase de protesto, que visa garantir que os 27 professores do Agrupamento de Escolas D. Maria II, ao qual pertence a Escola Ribeiro de Carvalho, se mantenham a lecionar nos mesmos estabelecimentos de ensino.
O problema com a colocação dos professores surgiu no ano letivo 2012/2013, aquando a criação do Agrupamento de Escolas D. Maria II, que fez transitar algumas das escolas que pertenciam ao Agrupamento de Escolas António Sérgio, entre elas a Escola Básica Ribeiro de Carvalho.
"Transitaram, por ordem do Ministério da Educação e da Direção-Geral da Administração Escolar [DGAE], os edifícios, as crianças e os auxiliares, e os professores ficaram para trás", explicou a encarregada de educação.
Para Dora Batista, trata-se de "uma questão administrativa", uma vez que estes 27 professores continuam a estar nos quadros do Agrupamento de Escolas António Sérgio, mas a lecionar nas cinco escolas do Agrupamento de Escolas D. Maria II.
A situação arrasta-se há três anos, "a DGAE tem dado todos os anos um parecer favorável, este ano decidiu não dar e como tal os professores tiveram que ir para concurso nacional", explicou esta mãe.
A Escola Básica Ribeiro de Carvalho com "398 crianças do 1.º ao 4.º ano" é a principal afetada, pois tem 24 dos 27 professores do agrupamento.
"Vemo-nos na eminência dos nossos filhos, que têm vindo a ter um trabalho, um apoio pedagógico de excelência, ficarem sem nada", contestou Dora Batista.
A lecionar há mais de 20 anos na Escola Ribeiro de Carvalho, a professora Maria João Faria continua a pertencer ao quadro do Agrupamento António Sérgio, sem exercer lá funções.
"Fomos sempre acreditando de boa-fé que íamos ser transferidos, o facto é que nunca aconteceu, e este ano está na iminência, por exemplo nesta Escola Ribeiro de Carvalho pode não ficar nenhum docente colocado", disse Maria João Faria.
A Lusa contactou o diretor do Agrupamento de Escolas D. Maria II, António Gouveia, que confirmou que este processo envolve 27 docentes, mas não quis prestar mais declarações sobre o que tem sido feito para resolver o problema.