As estatísticas sobre crimes rodoviários registados entre 2007 e 2014 adiantam que a condução com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 gramas por litro (g/l) é o crime com a frequência mais elevada em todos os anos, à exceção de 2007.

De acordo com a DGPJ, entre 2007 e 2012, o número de crimes por condução com taxa de álcool igual ou superior a 1,2 g/l cresceu, apresentando uma tendência decrescente a partir de 2013 até 2014.

O ano com o maior número de crimes por excesso de álcool foi 2012, quando foram detetados 25.366 condutores, referem as estatísticas da justiça, sublinhando que, entre 2007 e 2014, este tipo de crime cresceu quase um por cento, passando dos 20.612 para os 20.752.

O segundo crime rodoviário mais registado pelas autoridades é a condução sem habilitação legal, que sofreu uma diminuição de cerca de 54 por cento em sete anos, passando dos 21.313 crimes registados em 2007 para os 9.767, em 2014.

A DGPJ indica também que os processos referentes a crimes rodoviários na fase de julgamento findos nos tribunais judiciais de primeira instância apresentaram uma tendência de decréscimo entre 2007 (42.754) e 2013 (26.850), prevalecendo os crimes de condução de veículos em estado de embriaguez, seguido de condução sem habilitação legal.

O número de arguidos nos tribunais de primeira instância também diminuiu 37 por cento em seis anos, passando dos 44.794, em 2007, para 28.184, em 2013.

As estatísticas da DGPJ mostram igualmente que os condenados por crimes rodoviários registaram um decréscimo de 39,3 por cento. Em 2007, foram condenados 41.733 arguidos, enquanto em 2013, os tribunais de primeira instância condenaram 25.352 arguidos.

Segundo a Direção-Geral da Política de Justiça, a duração média dos processos de crimes rodoviários concluídos nos tribunais de primeira instância passou de cinco meses, em 2007, para quatro meses, em 2013.

Em contrapartida, os processos concluídos nos tribunais superiores aumentaram 22,6 por cento, passando dos 1.206, em 2007, para os 1.478, em 2013.