No Concurso Vinhos de Portugal, que hoje começou em Santarém, são avaliados, em prova cega, mais de 1.150 vinhos produzidos em Portugal com Denominação de Origem (DOP) ou Indicação Geográfica (IGP), vinhos espumantes, vinhos licorosos e vinhos de casta e/ou ano de colheita, afirma uma nota de divulgação da iniciativa.
Segundo o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro, as entidades que se associaram para promover este evento anual querem transformá-lo "numa referência".
A partir das edições anteriores, a organização introduziu algumas alterações ao concurso, nomeadamente no funcionamento dos júris e na abertura à participação de todos os vinhos de castas tradicionais portuguesas no concurso, na expectativa de "uma maior participação nesta categoria por parte dos produtores".
Outro objetivo é conseguir uma maior participação dos vinhos espumantes, "categoria por vezes esquecida mas que tem ganhado cada vez maior posição nos mercados internacionais", sublinhou.
"Não podemos perder como referência que o Concurso Vinhos de Portugal, visando premiar o que de melhor se faz, ano a ano, pretende ser um acontecimento de dimensão internacional promovendo assim a nossa imagem lá fora", afirmou Jorge Monteiro.
Este ano a organização foi "mais seletiva" nos convites aos especialistas internacionais e convidou enólogos nacionais a juntarem-se aos críticos de vinhos e aos escanções, para "trocarem experiências e conhecimentos" com os convidados estrangeiros, acrescentou.
O grande júri do concurso é liderado por Luis Manuel Ramos Lopes, da Revista de Vinhos, e integra Dirceu Junior, do Brasil, Evan Goldstein, dos Estados Unidos, Madeleine Stenwreth, da Suécia, e Bento Amaral, responsável pela Direção Técnica do IVDP.
Ao grande júri cabe a eleição dos Grande Ouros, tomando como amostra os ouros selecionados pelos jurados, nas primeiras sessões, afirma a nota da ViniPortugal.
O júri das primeiras sessões é constituído por 22 especialistas internacionais provenientes de oito países - um alemão, quatro brasileiros, cinco britânicos, três canadianos, um japonês, quatro norte-americanos, dois polacos e um suíço - e 60 portugueses.
"São personalidades de vários quadrantes, com diferentes sensibilidades, que emprestam ao concurso múltiplas perspetivas e uma abrangência universal", afirma a nota.
Cada vinho é apreciado em prova cega por um júri composto por cinco a sete membros (dos quais pelo menos dois são estrangeiros), sendo os presidentes de cada júri nomeados pela direção do concurso, adianta.
A ViniPortugal agrupa estruturas associativas e organizações de profissionais ligadas ao comércio (ANCEVE e ACIBEV), à produção (FENAVI e FEVIPOR), às cooperativas (FENADEGAS), aos destiladores (AND), aos agricultores (CAP) e às regiões demarcadas (ANDOVI), procurando contribuir "para um crescimento sustentado do volume e do valor dos vinhos portugueses, assim como da sua diversidade", atuando em 11 mercados internacionais.
Em 2015 prevê gastar 7,5 milhões de euros em mais de 110 projetos a realizar nesses 11 mercados, afirma o comunicado.