“O Governo tem que fazer imediatamente uma requisição civil e quando começar a despedir tem que começar por estes pilotos. Impõe-se para os outros pilotos, para os que defenderam a empresa e para os outros trabalhadores, que se comece por aqui”, afirmou Miguel Sousa Tavares, esta segunda-feira no seu espaço de opinião da SIC.
“Já sei que o Tribunal Constitucional achará que é inconstitucional, mas [o Governo] que os despeça e que vão para tribunal e quando vierem já não há TAP para irem trabalhar”, atirou.
O comentador refere-se à conclusão da greve do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que embora tenha sido descrita como um fracasso, gerou 35 milhões de euros em prejuízos, de acordo com o Governo.
Sousa Tavares concorda que a greve foi um fracasso “em relação às expetativas do sindicato” mas que não foi um fracasso quando se trata dos “danos reputacionais de imagem e de confiança relativamente à TAP e que demoraram décadas a ser consolidados”.
“O que os pilotos conseguiram fazer foi destruir décadas de trabalho de afirmação da companhia”, sublinhou o escritor.
“Para não falar daquela inacreditável frase de um sindicalista a gabar-se de que causou 30 milhões de euros à própria empresa”, acrescentou, criticando este tipo de sindicalismo.
Miguel Sousa Tavares acredita que “de facto, o que os pilotos conseguiram foi acabar de vez com a TAP, destruíram a TAP a médio prazo”.