As Forças Armadas não empregam pessoal a mais. A convicção é do ministro da Defesa, que deu uma entrevista ao Diário Económico explicando que se trata de uma “dimensão em termos de rácio adequada em relação à população que temos, à dimensão do país e às exigências que Portugal tem nas alianças de que faz parte”.
Até ao mês de março, aquela fação do Ministério da Defesa empregava 35.700 militares, mais do que o Ministério da Saúde, que se ficava pelos 32.300. Agora está com 31.500, o que se repercute na despesa pública.
É precisamente por causa da despesa que Aguiar-Branco é questionado, respondendo: “O orçamento do Ministério da Saúde é quatro vezes mais do que aquele que tem a ver com o da Defesa Nacional. E se compararmos o Ministério da Defesa Nacional, da Administração Interna, da Justiça e dos Negócios Estrangeiros, os quatro juntos não chegam ao da Saúde”.
Certo de que não é possível ter Forças Armadas se estas não forem operacionais, o governante afirma que é preferível o país pensar se quer ter Forças Armadas, já que “há países que não têm”, como é o caso do Luxemburgo.
O que justifica, então, que o Ministério da Defesa empregue 31.500 pessoas. Aguiar-Branco elencou: proteger o país dos terroristas, participar em missões externas (como as Nações Unidas, União Europeia, Nato), combater o narcotráfico (Mediterrâneo) e a pirataria (Índia), levar a cabo operações de salvamento e fazer ações a nível florestal.