O Ministério da Educação e Ciência queria que todos os alunos do 9.º ano de escolaridade realizassem o Preliminary English Test for Schools (PET), elaborado pela universidade britânica de Cambridge. Porém, cerca de 100 alunos não o puderam fazer.
Conta o Jornal de Notícias em causa estão alunos com deficiência auditiva severa que integram a Rede Nacional de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos.
O exame em causa incluía parte escrita mas também parte oral. Para esta, foi disponibilizado um CD que os alunos deviam ouvir. No entanto, não foi disponibilizado nenhum DVD para leitura labial.
Ao mesmo jornal, a mãe de uma das alunas explicou o absurdo do exercício que, na prática, também acabou por ser pedido a estes alunos: "o exame de inglês, para a minha filha, era só a parte escrita, porque ela não ouve nem fala e não podia fazer as outras duas partes", conta.
João Dantas, responsável pelo Agrupamento de Escolas D. Maria II, em Braga, reafirma que os alunos em causa são surdos e que “uma das possibilidades era apresentar um DVD, mas o exame prevê um CD".
Após a adivulgação desta informação, o IAVE negou as acusações em comunicado enviado às redações, explicando que o CD facultado “não era, naturalmente, para ser ouvido pelo aluno, mas sim pelo professor, para que este o reproduzisse ao mesmo ritmo, permitindo aos alunos fazer a respetiva leitura labial”.
Se houve alunos surdos que não realizaram o PET “foi, ou porque os pais/encarregados de educação e/ou a escola assim o decidiram, ou porque esta não solicitou ao IAVE os materiais adaptados de que necessitava”, adiantou o IAVE.
[Notícia atualizada dia 25 de maio]