Rui Manuel Machado, de 50 anos, foi acusado pela Polícia de Segurança Pública de ter na sua posse heroína, quando teve um acidente de viação onde seguia como passageiro, ao lado do seu irmão.
No momento em que os agentes de autoridade chegaram ao local, retiraram os documentos ao homem, para o identificarem, e na sua carteira encontraram “um produto de cor castanho claro embrulhado num papel branco” e o teste rápido acusou positivo para heroína.
Depois de se afirmar consecutivamente inocente, foi feito um segundo teste pela Polícia Científica da Polícia Judiciária que confirmou tratar-se de “Polvina”, um “pó da ervanária” que tinha sido aconselhado à vítima para “afastar o mau-olhado”.
A polícia revelou o caso à imprensa, sem que os intervenientes fossem identificados, mas na zona em que vivia, Rui Machado passou a ser visto como um “drogado” e “traficante”, segundo refere o Jornal de Notícias. O seu filho começou a ser mal-tratado na escola e a ser apelidado de “o filho do drogado”.
O Estado português foi agora obrigado a pagar 15 mil euros de indemnização a Rui Machado.