A Metro Mondego está envolta em polémica após ter sido tornada pública uma investigação a administradores que deverão ter lesado a empresa em milhares de euros, por utilizarem cartões de crédito desta empresa pública para o pagamento de despesas consideradas pessoais, num valor de cerca de 91 mil euros.
O inquérito-crime pendente no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), consultado pelo Jornal de Notícias, revela que os responsáveis pela empresa gastaram dinheiro em supermercados, jogos, perfumes, vinhos, combustíveis, restaurantes, lojas de decoração, organização de festas e até gastos num conhecido estabelecimento de diversão noturna, em Lisboa, o 'Elefante Branco'.
A Polícia Judiciária entregou o relatório de investigação ao Ministério Público e estão indiciados seis arguidos, cinco ex-administradores e um técnico da empresa.
A investigação foi aberta em 2011 após uma denúncia de um ex-autarca de Miranda do Corvo, Jaime Ramos, e pelo funcionário judicial Mário Nunes, que acusavam os administradores de “crimes de sabotagem, gestão danosa e delapidação do património público”.
José Mariz, próximo do CDS-PP, é um dos responsáveis pelos gastos ilegais, tendo feito pagamentos e levantamentos no valor de 19.228 mil euros. Já Guilherme Carreira, ex-administrador, e com ligações aos sociais-democratas tem despesas no valor de 72.313 euros.