Depois de ter reunido durante três horas e meia com os advogados no Estabelecimento Prisional de Évora, Pedro Delille e João Araújo foram parcos em declarações aos jornalistas à saída, referindo apenas que ainda hoje iriam comunicar a decisão de José Sócrates ao juiz Carlos Alexandre e ao procurador do Ministério Público, Rosário Teixeira.
Entretanto, avança a SIC Notícias que foi revelada a decisão de Sócrates de não aceitar a prisão domiciliária com pulseira eletrónica que, saliente-se, terá de ser transmitida presencialmente ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC).
Face à recusa de Sócrates há dois cenários possíveis: ou mantém-se em prisão preventiva por mais três meses no Estabelecimento Prisional de Évora ou fica preso na sua habitação que será vigiada através de um dispositivo policial.
Recorde-se que José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, no âmbito da Operação Marquês. Está indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção, sendo o único arguido ainda em prisão preventiva neste processo, depois de o empresário Carlos Santos Silva ter passado a prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, no final de maio.
No âmbito deste processo são ainda arguidos os empresários Joaquim Barroca Rodrigues, do Grupo Lena, Lalanda de Castro e Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva, o advogado Gonçalo Trindade Ferreira e o antigo motorista de José Sócrates, João Perna.