Caso Tecnoforma: Poiares Maduro constituído arguido

Em 2012 rebentou a ‘bomba’ que dava conta de alegados favorecimentos, entre 2002 e 2004, à Tecnoforma, empresa da qual Passos Coelho foi administrador.

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Notícias Ao Minuto
10/06/2015 09:28 ‧ 10/06/2015 por Notícias Ao Minuto

País

Justiça

A Tecnoforma, empresa onde trabalhou Pedro Passos Coelho, enviou ao Ministério Público queixas contra o ministro Poiares Maduro e contra os comentadores Pacheco Pereira e Clara Ferreira Alves.

Em causa, comentários que haviam sido feitos à comunicação social e que, no entender da empresa, causaram avultados prejuízos, tendo levado à insolvência da mesma.

Mas, escreve o Público, o Ministério Público não encontrou indícios da “prática do crime de ofensa” e, por isso, não deu seguimento à queixa apresentada.

Contudo, os responsáveis pela empresa não se conformaram com a decisão e apresentaram uma acusação particular contra o ministro e os comentadores.

Segundo o jornal Público, o despacho do Ministério Público foi emitido em março. “No entender do MP, não foram recolhidos quaisquer indícios da prática do crime denunciado”, lê-se no despacho citado pelo jornal.

Perante esta decisão, os advogados dos responsáveis da Tecnoforma, decidiram apresentar uma denúncia a nível particular, que não é acompanhada pelo Ministério Público e que levou a procuradora a emitir um novo despacho.

“O MP não acompanha a acusação particular uma vez que, como referiu aquando da notificação, considera não terem sido recolhidos quaisquer indícios da prática do crime denunciado”, lê-se no despacho.

A esta frase juntam-se os argumentos de que as declarações proferidas pelos denunciados foram feitas tendo por base notícias divulgadas pela comunicação social, sublinhando o direito de livre expressão. E sobre a alegada relação entre as declarações e a insolvência da empresa, a procuradora sublinha que a Tecnoforma tinha uma “situação de dívida superior a um milhão de euros e resultados liquídos em anos anteriores muito reduzidos face a tais dívidas” e, por isso, considera que não há qualquer “nexo casual” entre as declarações e a insolvência da empresa.

Apesar de considerar que nas declarações que fez Poiares Maduro “em parte alguma se refere à Tecnoforma […] ao contrário do que a queixosa afirma”, a procuradora determina que os denunciados sejam constituídos arguidos e prestem termo de identidade e residência.

O ministro, revela o Público, já requereu a instrução do processo.

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