"Exames não estão a gerar melhorias" na aprendizagem

Na véspera do início das provas nacionais, o presidente do organismo que elabora os exames nacionais e os seus critérios de classificação aponta os “calcanhares de Aquiles” deste sistema.

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Notícias Ao Minuto
14/06/2015 08:15 ‧ 14/06/2015 por Notícias Ao Minuto

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“Efetivamente os exames não estão, como gostaríamos que acontecesse, a gerar melhorias” na aprendizagem dos alunos, admitiu o presidente do organismo que elabora os exames nacionais e os seus critérios de classificação, o Instituto de Avaliação Educativa (Iave).

Em entrevista ao Público, Hélder de Sousa aponta ainda o treino intensivo que muitas escolas adotam para tentar preparar os alunos para as provas nacionais, que diz ser “o maior erro que se comete em matéria de prática de sala de aula”.

“Os alunos estão a ser formatados […], é um péssimo retrato da escola, mas há muita dificuldade de mudar este paradigma. Há a pressão da obtenção de resultados”.

Por outro lado, defender que sem exames o sistema funcionaria melhor “é um discurso perigoso” e uma ideia “repudiada” pelo presidente do Iave. “Corre-se o risco de retirar do sistema o único mecanismo de regulação do que se faz nas escolas e centrar toda a avaliação na avaliação interna”, além de retirar o fator “igualdade”.

Hélder de Sousa preocupa-se com os maus resultados e com a falta de consequências destes. “Sinto-me muito constrangido pelo facto de sermos uma sociedade que considera normal que a avaliação externa gere uma percentagem tão elevada de resultados negativos”, disse.

Se no básico estes maus resultados marcam o início de uma vida escolar que agoura dificuldades, no secundário os maus resultados a Física e a Matemática espelham “um nível de exigência desadequado e afugentam alunos de uma área que para o nosso desenvolvimento”, considera.

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