O controverso processo do estabelecimento de um novo estatuto para a Polícia de Segurança Pública colocou Anabela Rodrigues, ministra da Administração Interna, frente a frente com sindicatos responsáveis pela opinião dos agentes.
“Terminou a fase de negociação regular”, garantiu a ministra, contudo os sindicatos ainda podem requerer uma “negociação complementar”, até porque cerca de metade assinou o acordo mas houve quem não o fizesse, deixando o acordo em aberto.
Em entrevista ao Jornal de Notícias, a ministra revela que a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPPP) e o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) assinaram o memorando, enquanto o Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia não concordou e, consequentemente, não rubricou o acordo.
Apesar de alguns dos sindicatos não se mostrarem disponíveis para aceitar as propostas ao novo estatuto, Anabela Rodrigues explica que, mesmo sendo desejável, “não é necessário” haver um acordo com todos os sindicatos.
A ministra explicou ainda que falou com Pedro Passos Coelho por se tratar de um processo que pode proporcionar um “reflexo orçamental” mas nunca sentiu que o primeiro-ministro ou outros membros do Executivo estivessem contra as suas decisões. Senti “todo o apoio” e “nunca até ao momento senti que não tivesse o apoio de todos os colegas do Governo”, garantiu Anabela Rodrigues.
A responsável pela Administração Interna revelou, ainda, que antes do fim da legislatura não será possível modificar as leis orgânicas da PSP e GNR mas pretende terminar o processo dos estatutos até esse momento.