KAMOV: MAI quer apurar todas "as responsabilidades"

A ministra da Administração Interna garantiu hoje que o ministério está empenhado "no apuramento total das responsabilidades" relacionados com os problemas dos helicópteros Kamov e na contratação de meios aéreos adicionais durante a época de fogos.

Notícia

© Lusa

Lusa
24/06/2015 17:02 ‧ 24/06/2015 por Lusa

País

Helicóptero

"O Ministério da Administração Interna (MAI) está empenhado em três objetivos: primeiro o apuramento total das responsabilidades através do inquérito que foi determinado à Inspeção-geral da Administração Interna (IGAI)", disse Anabela Rodrigues, que hoje discute no parlamento o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2014.

A ministra adiantou que o MAI está também empenhado, através da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), "na recuperação das aeronaves que possam integrar o mais rapidamente possível o dispositivo" de combate a incêndios florestais para este ano.

Anabela Rodrigues afirmou ainda que o MAI "está empenhado na eventual contratação de meios adicionais considerados do ponto de vista operacional necessários para substituir os que tiverem em falta".

A ministra respondia ao deputado do PS Filipe Neto Brandão, que pediu esclarecimento sobre os Kamov, tendo em conta "a confusão que neste momento esta criada".

Na semana passada, a ANPC informou que apenas um dos cinco helicópteros Kamov da frota do Estado está operacional e não garante a entrada de outras duas aeronaves no dispositivo de combate a incêndios deste ano.

"Neste momento está apenas em condições de plena operacionalidade um dos cinco Kamov da frota do Estado", referiu a ANPC, adiantando que duas aeronaves vão ser reparadas num "curto espaço de tempo" e as outras duas requerem intervenções mais profundas, "não sendo possível garantir a sua entrada no atual dispositivo".

Esta situação com os helicópteros deve-se, segundo a ANPC, com o processo de transferência, iniciado em março, dos Kamov para a empresa Everjets, que ganhou o concurso público de operação e manutenção dos aparelhos para os próximos quatro anos.

Durante este processo, a ANPC detetou "não conformidades graves no estado das aeronaves", que ditaram "a impossibilidade de os helicópteros estarem em plena condição de serem operados".

A Proteção Civil realça que todos os aparelhos "inspecionados necessitaram ou necessitam de intervenções técnicas".

Após a ANPC ter tornado público os problemas com os KAMOV, a ministra da Administração Interna determinou, na passada sexta-feira, à IGAI a abertura de um inquérito.

"Considerando a gravidade de tais factos, bem como das suas consequências em termos financeiros e de disponibilidade destes meios aéreos, a ministra da Administração Interna determinou, por proposta do secretário de Estado da Administração Interna, que a IGAI abrisse inquérito", referiu na altura o MAI.

O inquérito vai incidir sobre "as circunstâncias descritas e apuradas durante o processo de consignação dos meios aéreos próprios pesados do Estado, tendo em vista o apuramento de responsabilidades a que haja lugar nesse âmbito".

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas