A petição com 5.064 assinaturas, lançada pela Associação Portuguesa de Doentes com Fibromialgia (APDF), refere que existem mais de 500.000 doentes em Portugal, "onde a patologia está já reconhecida", mas os pacientes continuam "sem quaisquer direitos".
Os três projetos propõem várias medidas para reconhecer as especificidades destes doentes, como adequar horários de trabalho, criar incentivos para a sua empregabilidade, e divulgar informação sobre a fibromialgia nos cuidados de saúde.
O PSD e os CSD-PP referem no projeto que o desconhecimento e dificuldade em diagnosticar a doença têm contribuído para "o não tratamento atempado e adequado por parte dos profissionais de saúde, não raro sem formação especializada para o efeito" e para "a manutenção de uma certa desvalorização" da fibromialgia na sociedade e no mundo laboral.
Os comunistas propõem, por seu turno, entre outras medidas, a implementação de uma "tabela de incapacidades e funcionalidades em saúde, que seja sensível às incapacidades decorrentes desta doença crónica" e o acesso gratuito aos medicamentos "indispensáveis à melhoria da qualidade de vida" destes doentes.
O Bloco de Esquerda também recomenda, no projeto de resolução, "a implementação de medidas pelo reconhecimento e proteção das pessoas com fibromialgia".
Para o BE, é essencial que estes doentes vejam "a sua doença efetivamente reconhecida", assegurando o seu acesso à proteção na saúde, reconhecendo e "acautelando as incapacidades advindas das especificidades" da doença.