Fernando Medina, em entrevista ao jornal Público, fez um balanço dos últimos três meses à frente da Câmara de Lisboa e aborda alguns temas relevantes para o futuro da cidade.
O presidente da Câmara de Lisboa revela que pretende criar “zonas de reabilitação urbana”, explicando que há locais onde o edificado municipal tem “densidade suficiente para permitir operações de reabilitação urbana sistemática”.
“Já temos selecionada a primeira área onde aceitaremos construção para um nova renda acessível. Queremos fazer disto a experiência-piloto do modelo que temos em mente”, explica o socialista.
Apesar de acusar o PSD de ter tido um “mandato verdadeiramente trágico” e de ter encontrado uma ‘casa’ “muitíssimo desarrumada”, agora a câmara está a passar um momento bastante positivo, mostrando que consegue pagar aos fornecedores a pronto.
O turismo é um assunto central na governação da Câmara de Lisboa, sendo que este setor “desempenhou um papel absolutamente essencial para Lisboa neste momento de crise profundíssima no país”, admite Medina.
O presidente da autarquia alfacinha adianta ainda que vai alterar algumas regras no turismo lisboeta e dá o exemplo dos tuk tus. “Vamos introduzir um conjunto de alterações que têm como objetivo este equilíbrio entre os tuk tuks e a vida da cidade”, frisa.
“A partir de 1 de janeiro todos os tuk tuks têm de ser elétricos (…) e vamos introduzir mais cedo, a partir de setembro, um conjunto de alterações”, passando a haver restrições horárias, em que os tuk tuks só poderão circular entre as 9h e as 22h. Irão ainda ser definidas áreas de estacionamento e áreas de recolha e largada de passageiros.
Fernando Medina falou ainda sobre a devolução da Feira Popular aos lisboetas, frisando que "não deve ser um parque de diversões Disney," mas sim algo que está no imaginário das pessoas e que querem "mostrar aos seus filhos".