Apesar de a maioria das crianças das duas escolas pré-primárias da freguesia de Celeirós, em Braga, beneficiarem do Escalão A e B (isentas de pagamentos), o presidente da Junta de Freguesia António Veiga explica que é “paga a comida que comem, mas continuamos a ter despesas como pôr a mesa, gastamos toalhas, guardanapos, lavamos a loiça e alguém tem de as pagar”.
Neste sentido, o autarca decidiu cobrar mensalmente 18 euros aos pais das crianças, incluindo as que têm escalão.
“Paguei até agora os 18 euros, apesar de a minha filha ter escalão A, mas não pago mais porque, se ela tem a refeição de graça, não vai pagar para lavar pratos ou pelo guardanapo que usa”, revela a mãe de uma das crianças, acrescentando que não recebeu “recibo do valor que já pagou”.
Outra mãe, que não fez o pagamento, denuncia que “nos últimos dias” foi “avisada por telefone e pessoalmente por funcionárias da escola de que, se não pagasse o serviço de refeição”, a filha ia “ficar sem almoçar”.
Ao JN, o presidente da Junta de Freguesia António Veiga defende que “a Câmara paga as refeições mas ninguém se preocupa em saber se o dinheiro chega para pagar a uma funcionária para servir o almoço, para tratar a cantina e para ver se as crianças comem”. Além disso, reitera o autarca, “era uma injustiça para quem não tem escalão e paga o serviço”.
Os pais já anunciaram que vão participar o caso Direcção Regional de Educação do Norte.
