“O terror anda à solta” nas imediações da Rua de Serpa Pinto, no Porto, por causa de um grupo de 30 imigrantes do Leste que vivem num apartamento T2 arrendado na esquina da Rua de Burgães.
Os vizinhos contaram ao Jornal de Notícias que o ambiente na zona tem sido muito afetado, a drogaria perto do local onde costumam estar fechou, as pessoas deixaram de ir à farmácia por receio de passar pelo grupo e deixou de haver movimento à noite devido ao medo da população.
É o medo que move os vizinhos e que leva à não existência de uma queixa formal junto das autoridades, contudo a PSP tem conhecimento do caso e sabe que “existem muitas pessoas numa só residência, que é costume produzirem ruído, quer no interior da habitação, quer na via pública, com discussões entre eles, e que consomem muito algo”, confirma uma fonte da polícia.
“Há dias o caos instalou-se e mais parecia uma guerra, o fim do Mundo: houve gritos, discussões violentas entre eles no meio da rua, ouviu-se estouros e carros a acelerar assustadoramente”, conta um vizinho chocado com a situação.
A rotina é sabida por todos os habitantes no local: “saem muito cedo, por volta das seis da manhã. Homens e mulheres são levados em carrinhas, para andarem a mendigar na rua. Ao fim do dia, voltam e se por acaso a porta do prédio ainda não está aberta, amontoam-se nas escadas ou em frente à farmácia, a beber e a discutir alto”, conta um vizinho.
“Chegam a fazer as necessidades mesmo ali, na rua, sem qualquer pudor”, lembra uma testemunha.
Câmara, Segurança Social, Autoridade de Saúde e Comissão Nacional das Crianças e Jovens em Risco já estão a par da situação e a PSP garantiu “reforçar o patrulhamento de visibilidade” na zona.