O funeral realizou-se na Igreja Matriz de Murça, terra natal da mãe das crianças, tendo os corpos sido, igualmente, sepultados no cemitério desta vila de Trás-os-Montes.
"Hoje é um dia de profunda tristeza e de enorme consternação para a família das crianças, assim como para toda a população do concelho, porque é uma situação absolutamente dramática e, da qual, não há memória de momento idêntico", disse o padre responsável pela cerimónia fúnebre, Sérgio Dinis.
A Câmara de Murça, que se fez representar no funeral, não decretou luto municipal, mas avançou que a família das crianças está a ser apoiada por dois psicólogos da Segurança Social.
O acidente que vitimou mortalmente as três crianças portuguesas e deixou dois feridos ocorreu no sábado de manhã, quando o carro em que seguiam colidiu com um camião ao quilómetro 482 da estrada N-122, perto de Cerezal de Aliste, província de Zamora, no noroeste do país.
As crianças que morreram, dois rapazes e uma menina, tinham quatro, oito e doze anos. O acidente ocorreu quando vinham a caminho de Portugal (mais concretamente para a vila de Murça), provenientes de França.
A estrada em que seguiam, a Nacional 122, é habitualmente usada por emigrantes que vêm a Portugal passar as férias.
O carro em que as crianças vinham, um Opel Zafira, colidiu com um camião carregado de pneus, que se incendiou, embora o condutor do pesado tenha saído ileso. O condutor do camião, que se dirigia para a Holanda, é também de nacionalidade portuguesa.
Quanto ao adulto que sobreviveu, o pai das crianças e condutor do carro no momento do acidente, está "fora de perigo", disse à agência Lusa uma fonte da tutela da Saúde da Junta (Governo Regional) de Castilla y León.
A outra sobrevivente, uma menor de 13 anos de nacionalidade francesa, já recebeu alta, adiantou a mesma fonte.