Para alcançar a promoção a juiz-desembargador não importa se é avaliado com "muito bom". Isto porque quem tem atividades fora dos tribunais acaba por passar à frente, avança o Jornal de Notícias.
São beneficiados aqueles que frequentem cursos de pós-graduação, docência, conferências, apresentações de livros, ações de formação, intervenções no âmbito sindical e até trabalhos em comissão de serviço, em detrimento de avaliações de serviço exemplar, exclusividade e antiguidade na função de juiz.
A revolta e controvérsia chegou entre os magistrados que viram muitos dos seus colegas a ultrapassá-los. No entanto, já contestaram ao Supremo Tribunal de Justiça.
"Os resultados obtidos não são, por vezes, os mais justos para os concorrentes” e “é tempo de, após mais esta experiência concursal, questionar o modelo legalmente consagrado, com claro benefício para quem investe no currículo académico a prejuízo de quem se assume juiz, em exclusivo", indicam as críticas dos membros do Conselho Superior da Magistratura.
Caso o mérito e antiguidade fossem os critérios base para a promoção, os juízes seriam graduados nos primeiros lugares de uma lista de 80 candidatos, mas estes acabaram por ser ultrapassados e colocados em posições desfavoráveis.